A elevada importância das doenças transmitidas por insetos vetores no Brasil, tais como dengue e malária, aponta para a relevância de estudar os métodos de controle desses vetores, tanto nos aspectos técnicos como teóricos. Hoje, são usados ou estudados diferentes métodos alternativos ao controle químico como, por exemplo, os controles ambiental, biológico, genético e mecânico. Ao mesmo tempo, parece ser consenso que a melhor estratégia de controle de vetores é a do manejo ou controle integrado de vetores (CIV), que objetiva a utilização racional, integrada e sinérgica das diferentes técnicas dos diferentes métodos de controle.
Dessa forma, para a construção de um eficaz projeto de CIV é pertinente ter, além de um adequado conhecimento das características bioecológicas e comportamentais das espécies alvo, uma boa compreensão das técnicas e métodos de controle com suas características, possibilidades, vantagens, desvantagens e limitações. A utilização das diferentes técnicas (inseticidas, armadilhas, insetos estéreis, mosquiteiros, feromônios ou leis) deve ser claramente entendida e orientada por um escopo teórico estável e coerente das ações de controle, para que essas técnicas sejam usadas de forma harmônica e sinérgica.
No entanto, existem diferentes classificações dos métodos de controle de vetores na literatura. Nosso objetivo é fazer uma análise crítica das diferentes classificações dos métodos de controle para insetos vetores conhecidas e avaliar a existência de uma coerência e estabilidade capaz de orientar a elaboração de projetos de CIV.